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Este blog conta a história (saga, parto, processo) da gravação de meu primeiro CD. São músicas que eu compus desde os 20 anos de idade. Ouça, leia, comente!!!! Outras informações/fotos/vídeos/músicas em WWW.FACEBOOK.COM/WTONSPINOFF - WWW.TNB.ART.BR/REDE/SPIN-OFF - WWW.MYSPACE.COM/WTON27 WWW.EUTEDOUMINHAPALAVRA.BLOGSPOT.COM (blog com textos de Wton)
Nem só de ouvir vive uma pessoa. Sentir o que se ouve é fundamental. Saber como o som pode ser conquistado faz o sentir ao ouvi-lo ficar diferente. Cada nota, cada timbre, cada letra dessas musicas foram pensadas num cérebro e sentidas num corpo, muito antes de serem produzidas por duas mãos, uma voz, um coração e alguns instrumentos. Cada canção produz sua luz própria, abre caminhos para um sentir diferente das demais. As letras fazem pensar, o que altera o sentir produzido pelas melodias. Retrato do autor, com suas dores e alegrias. Adorei.
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ResponderExcluirNo encarte do álbum "O culto à ciência" W-ton nos conta que fez todos os arranjos, tocou todos os instrumentos e a sua voz está em cada uma das músicas: no empréstimo de autores consagrados, nas reflexões dos 19 anos, no ritmo inesquecível de canções já conhecidas. O gênero textual do qual melhor se fala de um CD é a Resenha Crítica. Mas, não consigo aplicá-la a experiência de ouvir "Spin-off", gravado na casa do artista entre Agosto de 2002 e Novembro de 2008. Mais que falar de música, mais que falar de arte, é falar da realização de um músico sensível e intimista. Por isso escolhi escrever um Relato de Experiência.
ResponderExcluirQuarta-feira, inverno, posição confortável e fones de ouvido. Apesar da música "Viagem II" ser a segunda faixa, a viagem começa com a canção que aclama a busca por homens de outro mundo. Qual mundo? Ouça e descubra o seu. Assim como a sua viagem, questionada logo no início de "Homens, venham me buscar". A verdade da música está na interpretação. Penso "Caramba, esse W-ton é meio doido!". E a confirmação da insanidade está na faixa três, "Morte e canonização da santa joana dos matadouros", na qual ouvimos "spin-off" de Brecht traduzida pelo maior estudioso do escritor, Schwarz. Penso "Nããão acredito!". E a canção é a minha favorita ("Tu és o uno repartido" no ritmo de W-ton ecoa na minha cabeça). Aí temos um jogo, o sistema solar, e o Sol rompendo o azul em "Tu". Mas, aonde está a grande obra-prima do álbum? Está tão perto, tão longe. A sétima faixa merece o botão de repete. Essa música serve totalmente para ser um hit. A verdade da música está na identificação. E quem é que não reconhece uns dois ou três pensamentos que servem de tormento?. Aí ele não tem "Nada pra dizer" e empresta de Drummond. Com chave de ouro, W-ton se despede através de vozes nos contando sobre as pedras no meio do caminho. E eu fiquei sem entender porque essa, a última, canção se chama "O corvo". Mas tudo bem. Já entendi que a razão dessa obra de arte não é me dar respostas. E porque ouvi-la? Porque faz bem para os ouvidos? Não sei. Mas, sei que talvez você, inteiro, não entenda a música e a mensagem de "Culto à ciência". Mas, a parte insana e inquieta que todos temos vai entender a mensagem. E a parte artista, não-óbvia, vai se identificar com a música.
O cd Culto a Ciência tem um som diferente de tudo o que já se ouviu. É uma mistura de sentimentos e sons inovadores, onde a cada música vc anseia pela próxima e quer descobrir o resultado desta fantástica obra. O mistério e a irreverência, criados pelo Tom, me cativaram logo de início.
ResponderExcluirAdoro a 5 - o sol do teu olhar...heheh
ResponderExcluirTive a sorte de poder conversar e ter informações da produção do trabalho..isso foi muito legal...e o trabalho reflete exatamente o cuidado e capricho que foi empregado.
Conteúdo que grifa sentimentos fortes e profundos...percebi que o objetivo é expressar e não narrar.
Algumas em clima de desabafo, outras em clima de indignação, as músicas tem como objetivo, não só o ato de ouvir, mas também conseguem fazer a gente ter o sentimento que o músico quer passar.
Estilo próprio que as vezes me fez lembrar 1970-80 aqui no Brasil...
Gostei Tom! Já estou esperando o próximo.
PS : Diretriz primeira - essa só os fortes entenderão...
(‘só fiz o mal/ ganhei o céu/ um deus caolho/ enlouqueceu’)
ResponderExcluirConhecer Ton e suas músicas foi uma grata surpresa. Alguns dias depois de voltar definitivamente para Campinas fui ao show do lançamento do CD Culto à Ciência e foi lá que tive contato pela primeira vez com suas músicas autorais. As canções são realmente um culto à Ciência: “Homens de outros mundos, venham me buscar” já inicia o CD. Não a toa, (e sempre irônico) no encarte ele se autodenominava ‘Reverendo’ desse culto o que, acredito, deve ter incomodado algumas pessoas, a ponto dele parar de utilizar o título.
Em ‘Viagem II’, Reverendo indaga qual é a viagem de seus ouvintes e já começa citando Fernando Pessoa, o que é uma covardia em vista do meu amor por esse português. Suas músicas são todas assim, cheias de referências literárias. Quem conseguiria associar o famoso verso ‘olhai os lírios do campo’ com as capacidades lisérgicas da mesma flor? Ton conseguiu. Aliás, alguém que transforma Bertold Brecht e Carlos Drumond de Andrade em música certamente tem o meu respeito.
‘Tão perto, tão longe’, que começa com um trecho encantador da música clássica de Carlos Gomes, transforma-se numa canção bem diferente, carregada de guitarras, na qual podemos ouvir ‘meu prazer é ser teu/ ser teu sofrimento’. As misturas são outra característica marcante do CD. A canção seguinte, uma das poucas cuja letra não pertence a Ton, contrasta muito com a anterior; é romântica, dedicada a alguém que se foi, nem de longe lembrando os versos ácidos cantados minutos antes. Ouvimos, ao contrário, versos de amor: “onde estava tu; quando a lua dançava na água/ e o teu corpo de prata se foi num lamento?”. Em ‘Nada pra dizer’, o amor continua: ‘jaz no vento um desejo frio/ que nem mesmo o tempo move de lugar/ um ton de silêncio pergunta pra ninguém/ do sentido que um dia fez amar”. Por fim, gosto muito da mistura com o poema de Leminski e dele ter inserido o próprio nome em algumas letras, numa delas inclusive, com letra maiúscula. ‘E então a palavra foi até Ton’, e dessa união surgiu uma bela obra, diferente do que estamos acostumados. Ainda bem.
O álbum “O Culto À Ciência” tem uma sonoridade incrível. Uma mistura de rock e pop com elementos clássicos. Em algumas músicas tenho a impressão de estar ouvindo Muse, em português. A instrumentação também é muito boa. Tive aulas de piano com WTon por muito tempo e as letras das músicas me lembram as coisas filosóficas que ele me dizia.
ResponderExcluirEnfim, tenho muito orgulho de ter tido um professor que lançou um CD e faz shows. Apesar de ter ido apenas a um show, foi muito bom e emocionante. “Sentido” e “Viagem II” foram as músicas que mais me chamaram a atenção.